A pintura "Rosa Choque" captura a essência poética e sensível do cotidiano feminino em um ambiente urbano. Inspirada em observações nas ruas, a obra destaca uma cena rotineira: uma jovem mãe, utilizando uma bicicleta com cadeirinha, pronta para buscar seu filho na creche próxima.
A figura central é a mulher, vestindo roupas comuns, expressando a simplicidade e autenticidade da vida diária. Sua bicicleta, equipada com uma cadeirinha para o filho, torna-se o veículo que conduz a narrativa.
A carga na cesta da bicicleta, composta por um arranjo de folhagens, simboliza a feminilidade em meio às atividades rotineiras. Este detalhe destaca as folhas, que simbolizam a mulher, criando uma metáfora. Geralmente as flores são associadas ao feminino, mas que só aparecem em momentos específicos do ano. Por outro lado, as folhas estão sempre presentes, representando a constância e a presença contínua da mulher em todos os momentos da vida.
As escolhas cromáticas da obra são diretamente influenciadas pela música "Cor de Rosa Choque" de Rita Lee. A paleta de cores reflete a vivacidade e o romantismo presentes na canção, adicionando uma camada emocional à representação visual.
"Rosa Choque" é mais do que uma pintura; é um convite para apreciar a beleza nas sutilezas da vida diária, especialmente na perspectiva feminina. A obra celebra a feminilidade urbana, resgatando a poesia em ações tão simples como buscar um filho na escola.