Os sambaquis da Lagoa do Saguaçu em Joinville representam sítios arqueológicos onde conchas, restos de peixes eram utilizados como marcadores territoriais, moradias, cemitérios ou locais cerimoniais.
No período da Colônia Dona Francisca, colonos passaram a desenvolver os setores de comércio e indústria, a partir da década de 1880. As conchas dos Sambaquis eram utilizadas na produção de cal e pavimentação de ruas e como adubo. A produção da cal continuou até 1942.
Construídos de tijolos maciços, os fornos recebiam as porções de conchas em sua parte superior, por meio da elevação natural do terreno.
Apesar de muitos terem sido destruídos após leis de proteção na década de 1960, algumas estruturas ainda existem, oferecendo insights sobre práticas econômicas antigas.
No Parque Caieira Lagoa do Saguaçu, os antigos fornos de produção de cal permanecem como testemunhos históricos, refletindo a história industrial da região.
Atualmente, no Parque Caieira, muitas pessoas frequentam, levando crianças e animais de estimação, o ambiente se tornou um espaço de lazer. Como retrata na pintura, o contraste dos fornos e das duas crianças jogando futebol, mostra a ressignificação do ambiente.
Na ilustração, está representada 3 espécies de animais da fauna local:
Guará: É uma ave típica do litoral atlântico da América do Sul, reproduzindo-se sobretudo em regiões de mangue.
Quero-quero: esta ave pode ser encontrada na América Central até a Terra do Fogo e em praticamente todo o Brasil. Se origina em áreas de campo com às margens dos rios e dos lagos ou terrenos lodosos.
Caranguejo - uça : é um caranguejo dos mais importantes constituintes da fauna do ecossistema de manguezal.
Proteger esses ambientes garante que futuras gerações possam conhecer suas origens e tradições. No Parque Municipal da Caieira, a memória desses sítios é mantida viva, unindo passado e presente, e promovendo a valorização do patrimônio arqueológico.